"Quem tem a sorte de nascer personagem vivo, pode rir até da morte. Não morre mais... Quem era Sancho Panza ? Quem era Dom Abbondio ? E, no entanto, vivem eternamente, pois - vivos embriões - tiveram a sorte de encontrar uma matriz fecunda, uma fantasia que soube criá-los e nutri-los, fazê-los viver para a eternidade!"
Luigi Pirandello
No dia 16 de maio de 2011 o elenco completo da montagem Vestir os Nus, se reuniu para dar início a etapa de ensaios. Um momento importante e que marca o começo de um novo projeto da diretora Isis Barreto. Atores se reuniram para conhecer o texto e dar vida aos personagens da obra de Pirandello. Tivemos também a presença de Hayaldo Copque e da profª Amanda Maia.O momento foi registado por fotos de Enoe Lopes Pontes.
Esse é o blog da montagem de formatura "Vestir os Nus". Com direção de Isis Maria Gledhill Barreto, aluna da graduação em Direção Teatral pela Universidade Federal da Bahia. Com orientação da profª Amanda Maia. A montagem é uma adaptação do texto do autor italiano Luigi Pirandello.Leia mais sobre as novidades da montagem em nosso blog. Em cartaz no Teatro Martim Gonçalves- Canela. De 15 a 25 de Setembro. Quinta a Domingo.20 horas. Entrada Franca.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
Sobre Vestir os Nus por Lucas Lacerda
"Essa semana, eu consegui ler o texto original "Vestir os Nus".
Pirandello é sensacional... Ele faz incidir uma luz premonitória sobre os processos de vitimização. Há claramente um caos íntimo dos seres reais por trás das belas imagens com as quais cada um quer transparecer. Essência / Aparência. No decorrer da história, o leitor/espectador assume diversos lados (personagens) enquanto a realidade (verdade) passa por um frequente processo de mutação. Em um momento, não sabemos mais qual é a "verdade" e percebemos que não há certo ou errado, muito menos alguma alma que se salve. As figuras fazem cair as suas máscaras e aos poucos, nos damos conta de que a nudez de cada um não dará acesso à sua verdade.
Ersilia não está de acordo com a história que ela "vestiu": o seu suicídio que faz dela uma vítima exatamente como deve ser. E as posições dos coadjuvantes mudam a partir dos seus interesses pessoais e da maneira como enxergam a protagonista. Tudo isso é muito doido.
O texto retrata, de maneira "delicada e profunda", questões existenciais da humanidade mergulhados em uma dramaturgia bastante dinâmica."
Aproveitemos. Merda.
Lucas Lacerda
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